28/04/2024

BRASMAN

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BARCARENA. UMA CIDADE NA AMAZÔNIA, DE ALTO POTENCIAL INDUSTRIAL.

Alunorte, Barcarena, Estado do Pará

“Rainha do abacaxi; e do alumínio, é a capital”. É assim que a cidade de Barcarena, no nordeste do Estado do Pará, é definida na música de Waldo Possa, cantor e compositor da região. Com cerca de 130 mil habitantes, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município está cercado por belezas naturais: áreas de floresta, rios, ilhas e praias, como a famosa Caripi.

Indústria Alunorte, localizado no pólo industrial de Barcarena – Estado do Pará, inaugurado no ano de 1995.

“Rainha do abacaxi; e do alumínio, é a capital”. É assim que a cidade de Barcarena, no nordeste do Estado do Pará, é definida na música de Waldo Possa, cantor e compositor da região. Com cerca de 130 mil habitantes, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município está cercado por belezas naturais: áreas de floresta, rios, ilhas e praias, como a famosa Caripi.

Praia do Caripi, Pólo Industrial de Barcarena, Estado do Pará.

A sua história teve início com os índios Aruans. Eles foram catequizados por padres jesuítas, que fundaram a fazenda Gebirié, por volta de 1700. O local virou freguesia de São Francisco Xavier de Barcarena – em homenagem a uma povoação denominada Barcarena, em Portugal – e, em seguida, distrito de Belém, devido à proximidade com a capital do Estado, até ser emancipada a município em 1943. “Por essas terras transitaram pessoas das mais diferentes origens e naturalidades. Primeiro, índios e negros africanos, como escravos ou resistindo a esta forma de trabalho. E, partir do final do século XVII, portugueses, italianos, japoneses e outros estrangeiros, cada qual produzindo suas influências culturais na cidade”, conta Luiz Antônio Valente Guimarães, professor doutor em história pela Universidade Federal do Pará (UFPA). No último século, o município passou por grandes transformações. Devido a sua localização estratégica, Barcarena viabilizou a implantação de um porto de exportação com grande capacidade de escoamento — o Porto de Vila do Conde, o maior do Pará. Atraiu, ainda, investimentos públicos e privados para instalação de indústrias de beneficiamento de minérios, como a bauxita, que dá origem ao alumínio. Com isso, migraram para o local milhares de pessoas de diferentes regiões do Brasil para atuar nesses projetos, o que triplicou o número de habitantes. No entanto, a economia da cidade ainda tem base tradicional na agricultura, cujo carro-chefe é o abacaxi, e inclui a produção de açaí, além de culturas temporárias, como a da mandioca e das hortaliças. Cerca de 60% da população vive na zona rural. Importante polo industrial de alumínio Os governos brasileiro e japonês fecharam um acordo em 1978, com a participação da então Vale do Rio Doce (CVRD), para estabelecer a Alunorte em Barcarena. Hoje, a unidade é a maior refinaria de alumínio do mundo fora da China. A planta industrial só viria a ser inaugurada em 1995, devido à crise no mercado. Em 1985, teve início também a operação da produtora de alumínio primário Albras, a partir de um consórcio entre a Nippon Amazon Aluminium Co (NAAC) e CVRD, com previsão para construção da Usina Hidrelétrica de Tucuruí (PA). Em 2011, a Hydro, multinacional de origem norueguesa, comprou ambos os negócios de alumínio. Albras, maior refinaria de alumínio do mundo fora da China A chegada das indústrias estimulou a expansão da Vila dos Cabanos. O bairro oferece moradia e dispõe de comércio e serviços essenciais, como saúde e educação, para os profissionais que trabalham no setor e seus familiares. Um dos primeiros a chegar à Albras foi Ronaldo Larry, técnico de processo na área de redução do metal. Recém-casado e com um filho pequeno, ele encarou o desafio das novidades que a cadeia do alumínio trazia ao município. “Não posso negar que as dificuldades foram grandes, mas a vontade de crescer profissionalmente foi muito maior e permitiu a superação dos desafios com mais tranquilidade. Foi isso que fez eu estar até hoje na Albras”, afirma. O técnico comenta que não havia a infraestrutura necessária na cidade, mas presenciou o desenvolvimento nos últimos 35 anos. “O meu sentimento é de dever cumprido. Sou muito satisfeito por ter acompanhado as mudanças de Barcarena e construído minha família neste lugar”, completa Larry. Atualmente, as empresas possuem, juntas, 3.500 funcionários próprios. Os paraenses representam mais de 80% do total de empregados. Os seus produtos trazem resultados positivos para a balança comercial e o Produto Interno Bruto (PIB) industrial do Pará.

Indústria Albras, localizada no pólo industrial de Barcarena Estado do Pará.

Em 2019, a Albras contribuiu com R$ 8,8 milhões aos cofres públicos estaduais e R$ 6,9 milhões aos municipais em recolhimento de impostos. Já a Alunorte destinou, respectivamente, R$ 1,5 milhão e R$ 25,2 milhões. “Ao longo desses 25 anos, tomamos diversas ações para sermos um bom vizinho e para crescermos junto com a comunidade de Barcarena, onde vivemos. Desta forma, estamos preparados para o momento, com um mercado qualificado, exigente e onde a nossa refinaria é uma referência”, afirma Michel Lisboa, diretor Industrial da Alunorte. A Alunorte contribuiu com R$ 25,2 milhões em pagamentos de impostos para a prefeitura de Barcarena em 2019 Produção cabos e vergalhões de alumínio O Grupo Alubar chegou na cidade em 1994 e deu início à construção da unidade produtiva de vergalhões de liga de alumínio. O negócio colaborou com a verticalização da cadeia. Hoje, é a única empresa que transforma matéria-prima em produto acabado na região Norte. “Do ponto de vista da cadeia produtiva, estamos localizados ao lado da Albras. Essa proximidade permite com que a gente receba boa parte do alumínio ainda em forma líquida para utilizar no processo de fabricação dos vergalhões — o que otimiza o tempo e reduz os custos da produção. Além disso, temos mão de obra qualificada na região”, explica Maurício Gouvea, diretor-executivo da Alubar. A companhia tem mais de 1.300 colaboradores diretos e indiretos na cidade. “O que fazemos em Barcarena é desenvolver: produtos, negócios e pessoas. E, daqui, exportamos essa tecnologia, o nosso modo de fazer. Fomos capazes de crescer para o resto do Brasil e para o mundo, pensando sempre que os negócios e pessoas crescem juntos”, afirma o diretor. Atualmente, a capacidade produtiva de cabos elétricos de alumínio do Grupo Alubar, em Barcarena, já ultrapassa as 100 mil toneladas anuais e há expectativa de expansão. Em dezembro de 2020, a empresa concluiu a instalação de um novo laminador com capacidade para cinco toneladas de vergalhões de alumínio por hora. Fábrica da Alubar em Barcarena: a companhia tem mais de 1.300 colaboradores diretos e indiretos na cidade.

O diretor Brasman, (http://brasman.com.br), empresa prestadora de serviços na área da indústria, esteve em 1995 na entrega da Alunorte – hoje Hydro -, depois de ter executado serviços de Instalação Industrial, Isolamento Térmico, Refratário e Pintura.

“Foi um desafio, pois tínhamos data certa para entrega da obra e conseguimos isso cerca de três dias antes da inauguração que contou com a presente do Presidente da República da época, Fernando Henrique Cardoso. Depois disso, nos adaptamos para continuar na área. Montamos uma estrutura boa e executamos vários trabalhos para empresas como: RCC Imerys, Parapigmentos, Texaco, Albras, Usipar, Alunorte, entre outras. O local cresceu, se desenvolveu e ainda continua muito promissor”, definiu.